sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Equiparação salarial pode existir em cidades diferentes, entendet TST

A Quinta Turma do TST decidiu que o conceito de "mesma localidade" que trata a CLT (clique aqui), para o direito à equiparação salarial, não se refere, necessariamente, à mesma cidade. A decisão foi em processo em que é parte a Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo e beneficiou um ex-empregado da empresa.

Ele trabalhava em Itaim/SP e queria receber a diferença salarial referente a equiparação de ganhos com outro colega que exercia a mesma atividade e trabalhava com remuneração maior em Santo André/SP, ambos municípios integrantes da Grande São Paulo.


O ministro Emmanoel Pereira, relator do processo, citou, em sua decisão, a Súmula 6 do TST. De acordo com este item da jurisprudência do TST, o conceito de "mesma localidade" que trata o artigo 461 da CLT refere-se, "em princípio, ao mesmo município, ou a municípios distintos que, comprovadamente, pertençam à mesma região metropolitana."


A decisão da Quinta Turma reformou decisão anterior do TRT da 2ª Região/SP. O TRT havia acolhido o argumento da defesa da Eletropaulo e restringiu o conceito de "mesma cidade" da CLT, ao decidir que tal conceito se refere a atividades iguais em "idêntica cidade".


No primeiro julgamento, a 51ª Vara do Trabalho de São Paulo, como a Quinta Turma do TST, deu ganho de causa ao ex-empregado. O juiz de primeiro grau entendeu que a diferença salarial só se justificaria em condições de trabalhos de diferentes custos de vida, padrões ou condições de existência, o que não aconteceria com as cidades que compõem a Grande São Paulo, com situações econômicas muito parecidas.


Processo Relacionado : RR-49356/2002-900-02-00.4

Fonte:Migalhas

Um comentário:

Anônimo disse...

Esta decisão é correta. Existe muitos trabalhadores com essas diferenças, que presta serviço para o mesmo empregador, no mesmo estado e os municipios tem o mesmo custo de vida. A remuneração tem que ser igual para todos esses com identidade funcional.